A série, totalizanto 46 episódios, a maioria com duração entre 6 e 7 minutos, narra a perseguição implacável em um deserto repleto de rodovias entre um determinado e faminto Coiote e um astuto e veloz Papa-Léguas. Porém, todas as tentativas são frustradas e a ave mais rápida do deserto escapa ilesa de seu arqui-inimigo. Muitas das armadilhas são projetadas pela empresa fictícia "ACME" e capturam o próprio predador.
Em junho de 1962, um filme em animação "Adventures of the Road-Runner", dirigido por Chuck Jones e co-dirigido por Maurice Noble e Tom Ray, foi criado com a intenção de ser episódio piloto para uma série de TV estrelando a dupla Coiote e Papa-Léguas. No entanto, somente foi exibido quatro anos depois, quando os estúdios Warner produziram o programa "The Road Runner Show", exibido na rede CBS de 1966 a 1968 e, posteriormente, na rede ABC de 1971 a 1973. Como resultado, o episódio foi dividido em três curtas: "To Beep or Not to Beep, 1963", "Road Runner a Go-Go, 1965" e, "Zip Zip Hooray!, 1965".
Outro filme de animação chegou ao público em novembro de 2003, o filme live action "Looney Tunes: Back in Action", sob direção de Joe Dante e estrelado por: "Brendan Fraser", "Jenna Elfman", "Timothy Dalton" e "Steve Martin". Este foi o terceiro filme em animação live action da turma "Looney Tunes", os outros dois foram: "Who Framed Roger Rabbit", no Brasil intitulado: "Uma Cilada para Roger Rabbit" e, "Space Jam", no Brasil: "Space Jam, o jogo do século".
O personagem Coiote participou individualmente de cinco curtas como antagonista do Pernalonga: "Operation Rabbit", "To Hare Is Human", "Rabbit's Feat", "Compressed Hare", e "Hare-Breadth Hurry". Um fato curioso desses episódios é a questão da sonoplastia, enquanto ele é geralmente silencioso em seu próprio desenho, nesses curtas ele apresenta pequenas falas, dublado por Mel Blanc.
O personagem Coiote foi inspirado no livro "Roughing It", do escritor e humorista norte-americano "Mark Twain" e, Chuck Jones afirmou ter criado a série "Coiote e Papa-Léguas" como paródia aos desenhos tradicionais de "gato e rato", como: Tom e Jerry, o qual ele mesmo seria diretor, posteriormente, em sua carreira.
As produções originais de Chuck Jones finalizaram em 1963, após Jack Warner ter fechado o estúdio de animação Warner Bros. O último curta do Coiote e Papa-Léguas, dirigido por Jones, foi lançado em meados de 1964. Naquela época, David DePatie e o veterano diretor Friz Frelengformaram a companhia "DePatie-Freleng Enterprises", se mudando para as instalações da antiga Warner e assinando uma licença com o estúdio para produção e distribuição de desenhos animados para este. A empresa DePatie-Freleng produziu 14 curtas do Coiote e Papa-Léguas, dois deles dirigidos por Robert McKimson: "Rushing Roulette, 1965" e "Sugar and Spies, 1966". Além desses, a série "The Larriva Eleven" contou com mais 11 episódios da dupla, dirigidos pelo ex-animador da Warner Bros "Rudy Larriva". Todos esses novos episódios não foram muito bem aceitos pelos fãs e pela crítica, devido a sua baixa qualidade de animação e composição sonora.
A série "The Looney Tunes Show", contando com 26 episódios e baseada na série original "Looney Tunes", seus personagens e séries de 1930 a 1969, foi produzida e exibida em meados de maio de 2011 no canal Cartoon Network. Produzida pela Warner Bros, os personagens estão presentes em sete curtas 3-D.
Nos quadrinhos norte-americanos, a dupla apareceu em fins da década de 40. Sob o nome de "Kelsey Coyote", Coiote debutou em uma estória do Chiquinho Gavião "Henery Hawk" na revista "Looney Tunes and Merrie Melodies # 91", em maio de 1949. Já, o Papa-Léguas surgiu na revistinha do Pernalonga "Bugs Bunny Vacation Funnies # 8", publicada pela "Dell Comics", em agosto de 1958.
Inicialmente, a "Dell Comics" publicou a estória do personagem Papa-Léguas como parte da série "Four Color Comics" nas edições: # 918, # 1008 e # 1046, antes de lançar uma série exclusiva para o personagem contando com 14 edições entre 1960 e 1962. Após um período, a "Gold Key Comics" circulou 88 edições de 1966 a 1984. Nos primeiros 3 anos, as publicações da Gold Key consistiam em reimpressões da "Dell Comics". As estórias do Papa-Léguas também apareceram pela Gold Key Comics em um revival da Looney Tunes nos anos 70.
No Brasil, os personagens circularam na década de 70 nas revistas: "Patolino em cores" e "Bip-Bip em cores", pela editora Ebal e, "Pernalonga Especial", editora Abril. Já, entre as décadas de 70 e 80, foram publicados pela editora Três nas revistas: "Bip-Bip" e "Almanaque Bip-Bip". Por fim, na década de 90, eles estiveram nas revistas "Pernalonga Superespecial" e "Festival Looney Tunes", ambas da editora Abril.
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